quarta-feira, 26 de maio de 2010

Liga Sagres - 1º Benfica


Benfica Campeão. Depois do último Campeonato ganho com Giovanni Trapattoni o Benfica passava por nova "travessia no deserto". Já lá iam 5 anos. Mas eis que a aposta em Jorge Jesus, que prometeu uma equipa a jogar o dobro ou mais, dá os frutos desejados. Na minha opinião este foi o grande mentor da reviravolta, em atitude, entrega, no acreditar, no profissionalismo, e em tantas outras coisas. O grupo não mudou muito relativamente ao ano anterior mas Jesus conseguiu extrair de muitos dos jogadores encarnados todas as potencialidades dos mesmos. Mostra que sabe, realmente, o que faz.
O Campeonato para o Benfica até nem começou bem, empate na Luz com o Marítimo a uma bola, mas a partir daí o cerrar de fileiras e as vitórias, e algumas goleadas, começaram a aparecer. À 10ª jornada já os Estádio da Luz estava sempre cheio. Jorge Jesus soube cativar os adeptos não só com o futebol que a equipa praticava mas também com um discurso directo e que vai de encontro ao "povo da bola". Estavam lançados os dados para aquela que viria ser uma grande campanha do Benfica. 24 vitórias, 4 empates e 2 derrotas, a juntar aos 78 golos marcados e 20 sofridos que permitiram à equipa ser o melhor ataque e a melhor defesa. Importantíssima a campanha encarnada em casa, o empate já referido na 1ª jornada foram os únicos pontos desperdiçados na Luz. E fora os resultados também foram, com maior ou menor dificuldade bem agradáveis. Derrotas em Braga e no Dragão e empate em Alvalade, foram alguns dos pontos desperdiçados pelo Benfica.
Muita gente a dar nas vistas, desde trás até à frente, muita gente importante na equipa, um grupo, em que a equipa sempre se sobrepunha às individualidades.
Cardozo venceu ainda o prémio de melhor marcador ao apontar 2 golos na última rodada, Luisão um patrão, David Luiz a fazer a melhor época de águia ao peito, Javi Garcia um pilar na equipa, Ramires, Maxi, Carlos Martins, Ruben Amorim, Cesar Peixoto, Fábio Coentrão foram trabalhadores incansáveis, Aimar deu o toque de classe ao conjunto, Wéldon fou muito útil, e Saviola elevou a bitola da frente de ataque encarnada. Um grupo fortíssimo.
Campeão justo e, Parabéns ao Benfica.


A figura: Angel di Maria. Mais uma vez, poderei estar a ser injusto com os outros, mas para mim a figura foi, definitivamente, di Maria. O jogador que mais desequilibrou, o artista da equipa, pé esquerdo fabuloso, velocidade e finta estonteante, impossível de o parar. Eu que, sinceramente, começava a duvidar se Angelito iria "rebentar" para o futebol fiquei rendido ao talento do extremo Argentino. Foi ele que, muitas vezes, deu a explosão que a equipa precisava, que levava a equipa para a frente, que "tirava o coelho da cartola". Este ano, além desta ascenção em termos de jogo, Di Maria conseguiu melhorar numa das suas lacunas, a de marcar golos. Melhorou e aproveitou os "ensinamentos" de Jorge Jesus. Parece estar de saída, ainda não se sabe bem para onde, mas uma coisa é certa, para onde for há-de continuar a espalhar o seu perfume. Definitivamente, um craque.


A desilusão: Keirrison. Esperava-se deste avançado Brasileiro, emprestado pelo Barcelona (que pagou por ele 14 M €), muito mais. Esperava-se que fosse aquele suplente efectivo, ou muitas vezes um titular que fizesse a diferença. Nada disso aconteceu. Depois de ter recuperado de uma lesão não confirmou o que se dizia dele. Marcou 1 único golo com a camisola encarnada, e num amigável. Vinha emprestado por 2 anos e ficou meio ano. Seguiu para a Fiorentina.

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