segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sporting CP 1, FC Porto 1



O último clássico da 1ª volta do Campeonato terminou empatado a uma bola.
Um jogo claramente marcado, à partida, pelo regresso de João Moutinho a Alvalade. Muitas maçãs lançadas para o relvado...recordando a frase de José Eduardo Bettencourt.

No jogo, O Sporting entrou bem melhor. A 1ª parte foi claramente verde e branca. Falcao ainda dispôs de uma excelente oportunidade, na cara de Rui Patrício atirou para fora, mas o Sporting mandou na partida. O meio-campo do Sporting, enquanto durou, aniquilou por completo a intermediária Portista. Belluschi, um dos homens do momento no Dragão, pouco se viu e foi mesmo João Moutinho, debaixo de muitos assobios, o único a tentar empurrar a equipa para a frente. Mas o esperiente meio campo Leonino dominou. Pedro Mendes é de facto muito bom, Maniche também lutou bastante, André Santos foi outro dos guerreiros. Ao vencer esta batalha o Sporting conseguiu colocar o Porto em sentido e lá atrás, coisa pouco vista durante esta temporada e nem os contra-ataques saíam aos azuis e brancos. Varela jogou pouco, Hulk também aquém no 1º tempo e naturalmente Falcao, a quem não chegava jogo, também apagado.
A juntar aos homens do miolo o Sporting contou com um Jaime Valdéz em boa forma, continua a mostrá-la. Num jogo que ninguém sobressaiu individualmente, o Chileno talvez tenha sido o homem em mais destaque, até sair lesionado da partida. O Golo foi dele, a melhores iniciativas atacantes foram dele também. Nota igualmente para o magnífico remate de Pedro Mendes à barra, sem hipóteses para Hélton.
No segundo tempo esperava-se, e aconteceu, a reacção do líder da Liga. O Porto pegou no jogo, foi à procura do empate e conseguiu-o. Hulk mais uma vez decisivo, após passe de Moutinho, numa incursão pela direita a cruzar direitinho para a pequena área onde Falcao só teve que empurrar. Estava feito o empate. O Sporting até aqui, na segunda parte, só cheirava a bola. O meio campo que até ao intervalo tinha dado cartas não teve mais pernas e Paulo Sérgio não teve cuidado para fechar as alas, ponto forte do Porto.
Após o empate o Sporting tentava reagir, o Porto também a manter qualidade até que...Maicon é expulso. Muito lento a largar a bola e Liedson, sempre rápido a provocar a expulsão do central Brasileiro.
A partir daqui o Porto nunca mais saiu lá de trás. A verdade é que também o Sporting, em superioridade numérica, nunca mais foi o mesmo e não criou verdadeiro perigo para Hélton. Ainda faltava algum tempo mas, já tinha acabado o jogo. Incidências até final dignas de destaque, a expulsão, 2ª esta temporada, de André Villas Boas após protestos dirigidos ao árbitro da partida.
O Porto acaba a partida com um empate que não lhe desagrada e mantém a invencibilidade. Por sua vez o Sporting teve tudo a seu favor mas não foi capaz de aproveitar esta excelente oportunidade para vencer o Porto.

Fico com a ideia que o Porto foi para Alvalade na expectativa. Não quis assumir o jogo, não que não o quisesse vencer mas ficou sempre a ideia que o empate não era mal vindo. E podia ter feito claramente mais. A prova foi que quando se encontrou a perder e precisou de acelerar chegou ao empate de forma natural. Após a expulsão de Maicon a história já é outra.
Do lado do Sporting, mais uma excelente primeira parte e mais uma segunda sofrida. Novamente em vantagem e incapaz de segurar ou ampliar o resultado. Os 13 pontos de distância para o líder mantêm-se e as hipóteses de chegar ao título, que já não eram muitas, parecem agora diluídas em definitivo.

Mais uma nota sobre André Villas Boas, expulso novamente do banco de suplentes e agora certamente com uma ausência no mesmo por um jogo. Quem o viu protestar da maneira que o fez em Guimarães não percebeu a razão. Discurso bastante inflamando sem nada que o justificasse. No Sábado, aparece na flash-interiew e na sala de imprensa bem mais comedido quando até tinha razões para estar bem desagradado já que o golo do Sporting nasce de um fora de jogo não assinalado a Valdéz e a expulsão a MAicon é, na minha opinião, injusta já que Maicon não toca em Liedson, este sim, e mais uma vez, aproveita-se da situação e inventa a expulsão. Mas é assim, cada um fala quando lhe dá jeito ou lhe interessa.

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