Ruud Dil Gullit. Um dos melhores jogadores que vimos actuar durante os anos 80 e 90. O seu cabelo inconfundível, os seus passes, os seus golos, a sua liderança em campo levaram-no a figura de destaque em todos os clubes que representou e na selecção do seu país. Está ao nível dos melhores jogadores do seu país. Um dos grandes jogadores Holandeses.
Começou a sua carreira profissional no modesto Haarlem onde foi campeão da 2ª Divisão holandesa e foi aí que chamou a atenção de um dos grandes emblemas daquele país, o Feyenoord. Em 1982 transferiu-se para o clube de Roterdão onde jogou com Johan Cruyff, que aí efectuava a sua última temporada, e foi campeão Holandês pela primeira vez e venceu a Taça da Holanda.
Em 1985 transferiu-se para o PSV Eindhoven, outro dos grandes, numa altura em que a equipa da Phillips começava a contruir uma grande equipa, que culminaria na vitória na Taça dos Campeões frente ao Benfica.
Mas este troféu não foi conseguido ao serviço da equipa holandesa. No ano em que o PSV venceu aquela competição Ruud Gullit transferiu-se para o AC Milan onde, juntamente com os compatriotas Marco Van Basten e Frank Rijkaard e com Baresi, Maldini entre muitos outros, fazia parte de uma das melhores equipas de todos os tempos. Ao serviço dos rossoneri Gullit atingiu o auge da sua carreira. Ganhou em Itália tudo o que de importante havia para ganhar, 3 Scudettos, 2 Supertaças de Itália, 2 Taças dos Campeões (1 das quais frente ao Benfica, em 1990), 2 Supertaças Europeias e 2 Mundiais de clubes.
Em 1993 o Milan abdicou do seu contributo e Ruud foi para a Sampdoria. Mais uma grande época em Génova e os dirigentes do Milan, que viram o erro que haviam cometido, foram novamente recrutá-lo.
No entanto algumas discordâncias com o treinador levaram-no novamente para a Sampdoria naquela que foi a sua última temporada em Itália.
Em 1995 foi para Inglaterra. O Chelsea decidiu contratá-lo. Os londrinos estavam a tentar fazer uma grande equipa, com Vialli, Gullit, Wise, entre outros. Títulos em Londres não foram muitos, foi mesmo só 1, a Taça de Inglaterra numa altura em que Gullit optou por ser jogador/treinador.
Foi em 1998 que Gullit decidiu pendurar as chuteiras.
Na selecção da Holanda atingiu o auge em 1988. Quem não se lembra da Holanda que venceu o Campeonato da Europa, na final contra a URSS. O primeiro golo dessa final, uma cabeçada fulgurante de Ruud adiantou a laranja mecânica e Van Basten fechou o marcador com um dos melhores golos da história do futebol. Era uma selecção magnífica.
Como treinador começou no Chelsea, passou para o Newcastle, voltou à Holanda para treinar o Feyenoord e de seguida orientou o mediático LA Galaxy. No entanto ainda não se tornou como treinador consensual para todos, como o foi como jogador.
Ruud Gullit realizou 465 jogos na sua carreira de clubes marcando 175 golos. Pela selecção da Holanda marcou 17 golos nas 66 vezes que foi internacional.
Um jogador brilhante, um dos melhores que vi jogar.
1 comentário:
Seja bem regressado à blogosfera! Já tínhamos saudades...
Sobre o Ruud Gullit, o que é eu posso dizer? Foi muito bem anulado pelo Rui Jorge num célebre FC Porto-AC Milan (vitória italiana, por 0-1, com golo de Jean Pierre Papin). Fisicamente, faz-me sempre lembrar o Kiki (suplente do André por alturas da segunda passagem de Artur Jorge pelo FC Porto). Mas apenas fisicamente...
Um abraço
Vara
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