No Porto o comboio azul parece não descarrilar. A pré-temporada, que começou mais tarde do que a dos seus rivais, segue com tranquilidade, tudo no seu ritmo natural. É certo que este facto resulta da inexistência, embora em Portugal já se sabe que a qualquer momento isto pode mudar, de pressão. Aquela pressão que nos grandes de Lisboa parece não desaparecer. O Porto apresentou-se neste Sábado, onde as novidades foram Valeri e Falcao, festa que também teve o seu lado mais emotivo com a despedida oficial de um dos capitães de equipa Pedro Emanuel.
No que respeita ao jogo propriamente dito, o Porto, nas calmas, vence por 3-0. O 1º golo foi marcado por Aruna, na própria baliza, ainda na 1ª parte Mariano Gonzalez ampliou o placard e já na segunda metade, o colombiano Guarin, na marcação de um livre a fixar o resultado final. Um bom jogo, sem forçar muito, com bons lances e uma vitória fácil e natural, contra uma equipa que já viveu melhores dias.
O Porto é uma equipa que parece não ser afectada por entradas ou saídas constantes. A máquina não para. Todos os anos se ouve "se o Deco sai...", "se Quaresma sai...", mas a verdade é que quem vem é integrado numa estrutura muito bem montada, em que a integração dos novos fica facilitada, basta para isso que tenham qualidade, como parece ser o caso de Beluschi.
E isto é o que pode assustar os seus adversários. Para estes, o facto de ganharem pode ser motivador, como o é sem dúvida, mas o facto de verem um Porto ano após ano, constante, sem hesitações e cheio de confiança, sempre vencedor, pode ser um factor de mais pressão e provavelmente de desmotivação para os grandes de Lisboa. O Porto sabe-o bem e também joga com isso.
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