O Belenenses fica na 1ª divisão pela 2ª vez, num curto espaço de tempo, depois de ter sido despromovido. Depois da confusão com o Gil Vicente foi agora a vez do clube do Restelo beneficiar da falta de estrutura financeira de outro clube de Lisboa e permanecer na Liga Sagres. No ano anterior o Belenenses contratou 13 jogadores, muitos vindos do mercado brasileiro, a maioria com qualidade bastante duvidosa, e que nos deixou a pensar o porquê desta situação (interesses? , comissões? ), isto só na 1ª fase da época, pois no defeso de Janeiro entraram mais 3 ou 4 jogadores, já com Jaime Pacheco.
Este ano podemos contar, para já, 20 saídas, entre as quais a do histórico Silas, o guardião Costinha e o lateral-esquerdo China, que rumou à Ucrânia, além da maioria daqueles contratados na época passada.
Podemos contar também com 17 novas caras, o que de facto não é bom e vai de encontro ao que sucedeu na época pretérita. A novidade é que destes reforços, e aqui o meu elogio, 12 são portugueses e desses, 8 são das camadas jovens do clube azul. Temos igualmente um novo treinador, João Carlos Pereira. É de facto um risco apostar em tanta gente nova. Mas pergunto, o que é mais arriscado? Apostar nas escolas ou, como em épocas passadas e de que a anterior foi o exemplo mais flagrante, apostar numa dezena de jogadores sem categoria para representar o clube? Penso que a 1ª opção é a melhor, sem qualquer dúvida, e mostra um comportamento de coragem por parte destes dirigentes. É óbvio que é muito mais fácil e mais mediático aparecer em apresentações com jogadores estrangeiros, como se fossem grandes craques, é mais atractivo para todos. No entanto para quem, além de tudo, ainda apresenta graves problema financeiros esta é a opção a seguir e não optar por mais uma fuga para a frente. Honra seja feita a esta direcção. Esperemos que esta corajosa opção dê bons frutos.
Sem comentários:
Enviar um comentário