"Empate com sabor a...empate", disse Pablo Aimar no final da partida de Old Trafford. Mas na verdade o Benfica obteve várias vitórias na partida de ontem. Desde logo o empate a 2 permite aos encarnados passar à próxima fase da CL, muito bom. E, coloca-se muito a jeito para ser 1º do grupo, tendo que vencer na última partida o Otelul, excelente. Outra vitória é a monetária. Numa altura em que todos os "tostões" são bem vindos o Benfica arrecada mais 3 M € pelo apuramento para os oitavos. A outra grande vitória é a moral. Um empate em casa do Man Utd é sempre moralizador e incentivador.
Quanto ao jogo de ontem, foi um bom jogo, nem sempre bem jogado tecnicamente mas com uma entrega, de parte a parte, muito grande. O Benfica, num óptimo lance de ataque, foi feliz e chegou ao 1-0 (ag de Jones). É sempre aquele momento que permite, neste tipo de jogos, que a equipa acalme e se encha de coragem.
Mas não foi fácil. O Manchester a partir da meia-hora de jogo pegou de vez na partida. Embalados por Nani, o melhor dos Ingleses (de longe, correu e levou a equipa para a frente até não poder mais) chegaram ao empate ainda nos primeiros 45 minutos. Um daqueles lances que irrita quem o sofre. Antes, durante e depois Berbatov está sempre em fora-de-jogo e nem árbitro, nem fiscal de linha nem árbitro de baliza conseguiram ver isso, mas enfim...1-1 ao intervalo.
Na segunda parte e apesar de 5 minutos interessantes do Benfica, só deu Manchester. Temia-se o pior. O Manchester carregava forte e o Benfica parecia baralhado e não ter mais pernas. O pior aconteceu mesmo, não só pela lesão do capitão Luisão mas também pelo segundo golo do United. Fletcher o marcador.
Jesus mudou o meio-campo. Tirou o apagadíssimo Gaítan e equilibrou o miolo do terreno com a entrada de Matíc. O Benfica ficou claramente rejuvenescido e pouco tempo depois...o 2-2. De Gea despachou mal uma bola, bem controlada por Bruno César que avançou até à pequena àrea onde Pablo Aimar acabaria por marcar o golo do empate.
A partir daqui...sofrer ainda mais. Só atacar, ou contra-atacar, pela certa. O Benfica lá atrás bem fechado e o Man Utd já sem muitas energias e lucidez para chegar ao terceiro. O golo poderia ter mesmo acontecido para os encarnados num belo lance de Rodrigo, mas o remate saiu ao lado.
A partida terminava pouco depois. Excelente resultado para o Benfica.
Individualmente...Artur Moraes (duas defesas monstruosas) e Axel Witsel foram as figuras do Benfica, mas não elogiar Javi Garcia, Garay, Maxi Pereira ou Pablo Aimar seria injusto.
Mais um exemplo que jogar em equipa, todos a remar para o mesmo lado, a lutar do primeiro ao último minuto, são as soluções para que as coisas corram bem.
O Benfica esteve bem, lutou, teve sorte, sofreu e soube sofrer e...saiu de Inglaterra com o apuramento.
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