Dimas, todos nos lembramos dele, afinal não deixou de jogar assim à tanto tempo.
Tinha um jeito meio desengonsado mas Dimas era um óptimo jogador. Jogador bastante útil, não era muito rápido, mas segurava bem a bola, cruzava bem, tinha bom jogo aéreo, era sereno e bastante dedicado. Preferencialmente lateral esquerdo, podia igualmente jogar mais adiantado nesse flanco ou mesmo ser utilizado no centro da defesa.
Dimas foi Internacional Português em 44 ocasiões, nunca tendo facturado ao serviço da selecção.
Dimas representou diversos emblemas. Em Portugal, Académica e Estrela da Amadora foram os seus primeiros clubes. De seguida uma viagem até ao Minho para representar o Vitória de Guimarães onde se mostrou capaz de outros vôos. Daí ao Benfica não demorou muito tempo. Entrou no clube da Luz quando foi feita a famosa limpeza de balneário de Artur Jorge e aí começou a sedimentar a sua posição de titular indiscutível. Já perto do final do seu contrato, o Benfica preferiu vendê-lo à Juventus na reabertura de mercado em Janeiro em vez de o perder no final da temporada sem ter direito a qualquer compensação.
Começava então a aventura pelo estrangeiro de Dimas. Em Itália, treinado por Marcelo Lippi, sagrou-se bi-campeão e era opção bastante regular. Em duas temporadas fez perto de quarenta jogos pela Vecchia Signora.
Mas estava na altura de nova aventura no exterior. De Itália Dimas seguiu para a Turquia. Numa altura em que o Galatasaray mandava no futebol Turco o Fenerbahçe procurava qualidade e experiência e Dimas enquadrava-se nesse perfil. Um ano na Turquia, com boas exibições e alguns golos, coisa não muito habitual para um defesa.
Passou em 2000 pelo Standard de Liége antes de ingressar em Alvalade numa "super-equipa" onde tinha como parceiros nomes como Jardel, João Vieira Pinto, Paulo Bento, Rui Jorge. No Sporting foi Campeão Nacional.
Foi exactamente por Rui Jorge se tornar no titular na lateral esquerda leonina que Dimas se aventurou mais uma vez. Emprestado ao Marselha foi pouco utilizado e a opção de terminar a carreira estava perto. E assim foi. Dimas sempre mostrou qualidade e sempre dignificou as cores que defendeu, inclusivé as Nacionais. Um óptimo profissional.
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